segunda-feira, 19 de novembro de 2007

What Famous Work of Art Am I?

You Are Best Described By...

Landscape With Butterflies
By Salvador Dali

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

um desafio, uma paixão e um post super gigante!

Imaginem que, de repente, no meio do vosso sonho mais perfeito são despertados por um intenso cheiro a queimado.... Abrem os olhos e.... FOGO! SOCORRO! As chamas começam já a lamber a porta do vosso quarto, estão encurralados! A única solução é sair pela janela!
Sim, vocês até vivem numa casa, o vosso quarto fica no rés-do-chão, e a vossa janela dá para um jardim relvado e fofinho que aparará a vossa fuga com todo o amor! Sim, é fácil... sim, fácil... Mas, por alguma razão estranha, não conseguem mexer-se. Algo se passa... Raios, o que é?

O meu querido vizinho virtual, Miguel, resolveu fazer-me um desafio! Um desafio bastante cruel a meu ver!
É verdade que tenho andado um pouco afastada e de certa forma até tenho andado a trair uma das coisas que me dava mais prazer...
Falta de tempo, de vontade... não sei. Também não me importo. De há uns tempos para cá comecei a aceitar as coisas como elas são, sem as forçar demasiado. O facto de, por alguma razão, não ter visto muito cinema nos últimos tempos não me preocupa... Eu sei que é só uma fase! E é claro que se deixei de olhar para o cinema, outras coisas há que agora ocupam mais a minha cabeça e o meu coração.

De qualquer forma, não posso dizer que me tenha esquecido do cinema... Nunca poderia esquecer-me de uma paixão! Afinal de contas, ele é como um amante para mim... Um amante perfeito! Não se chateia quando eu não apareço, abraça-me e envolve-me quando o visito, magoa-me também e desilude-me, claro!, mas o que seria a vida sem isso?
Importante para mim é o facto de a relação que tenho com ele ser natural e apaixonada, sem racionalismos e coisas práticas pelo meio. Ou gosto, ou odeio! Ou o filme me agrada, ou não! Ou a história me tocou no fundo, ou mesmo nada! Ou amo aquela personagem, ou odeio com todo o meu ser! Assim é a minha relação com o cinema!
O meu querido Miguel, cinéfilo por excelência, estará já a mexer-se na cadeira, irrequieto... não fosse ele um crítico exigente, com uma pena afiada e muitas vezes mortal!
Não posso dizer que não seja, por vezes, crítica e que até nem tente analisar e dissecar uma obra cinematográfica. É o vício de quem estudou literatura! Um vício que nunca nos abandona! Mas tento, quando posso, fugir a essa mania e ver as coisas de uma maneira mais simples e sensorial.

Bom, depois de tanto discurso, perguntam-me vocês que raio tem o incêndio na vossa casa a ver com a minha paixão pelo cinema, mais um desafio entre bloguistas! E têm muita razão, sim senhor! É que já estou a demorar! Mas, quando souberem em que é que o desafio consiste, perceberão porque ando aqui a empatar...

O que fariam se estivessem no meio de um incêndio, tivessem que fugir, e quisessem salvar a vossa colecção cinematográfica toda? Não podiam, pois não?
A colecção toda ou a vida! Ah, pois, bem me parecia!
Então, agora pensem que algo divino vos dá a oportunidade de salvar cinco filmes antes que aquelas chamas ameaçadoras desfaçam de vez o vosso quarto! Difícil, não é?


Estou completamente certa de que noutro dia qualquer a minha escolha seria outra. Fiz uma coisa parecida com livros e músicas preferidos, no blog que tenho com a minha malta, e isso tornou-se evidente! Se neste momento escolhi estes filmes, é claro para mim que daqui a um mês escolheria outros. Cada vez mais acho que somos muito influenciados pelo momento em que vivemos, seja o lugar onde vivemos, com quem vivemos, quem amamos, amigos, livros que acabámos de ler, filmes que vimos, pessoas que acabámos de encontrar...

Assim sendo, e sem quaisquer palavras, aqui vai:









Como devem calcular, gostaria que me acompanhassem e aceitassem o desafio!
A todos os que se comoveram com este monte de palavras, a todos os que estariam dispostos, neste momento, a salvar cinco filmes, este desafio é para vós! É só deixar um comentário!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Querida vizinha:

Bem sei que dantes estavas nesta casa, bem sei que agora a tua qualidade de vida decresceu substancialmente quando tiveste que mudar para o quarto ao lado, mas são coisas da vida, não há nada a fazer! Tens que ver as coisas pelo lado positivo e pensar que agora tens dois vizinhos simpáticos, queridos e, mais importante do que tudo, civilizados!

Provavelmente não sabes bem o que quer dizer "ser civilizado", mas a culpa não é tua, claro! Bem vejo pela forma como deixaste a casa que agora ocupamos, que a palavra é-te completamente estranha. Pois! Mas não faz mal, as coisas hão-de melhorar! Ainda és nova, tens muito para aprender, e nós estamos aqui para te ensinar essas coisas básicas.
Obrigada por teres deixado a casa como deixaste! Percebo agora qual era a tua intenção, e agradeço-te do fundo do coração. Na verdade, tu querias que deixássemos de usar a vassoura (que tanto nos dá cabo das costas) e comprássemos um aspirador. Sim, o lixo todo que encontrámos tinha um propósito: foi tudo a pensar na nossa saúde! Obrigada!

Respeito pelos outros também me parece que é algo que desconheces, a avaliar pela forma como usas e abusas do espaço que agora é comum aos três. Pois, acontece! Mas, mais uma vez, digo-te para não te preocupares, tudo se há-de arranjar! Nós agora estamos aqui contigo, para o que der e vier!
De qualquer forma, podias começar a pensar em arrumar as tralhas que tens espalhadas por todo o lado? Não é por nada, mas é que não queria que tropeçasses em nada, caísses e partisses a cabeça quando chegas a casa depois de um dia cansativo.
Mas acho que não preciso de ficar preocupada com isto, e também não vou precisar de bater à tua porta mais nenhuma vez, porque tenho a certeza que compreendes aquilo que eu digo e que, como boa vizinha que és, vais limpar a porcaria toda que tens por aí!

Mais uma coisa: e aqui confesso que fiquei comovida, quase chorei, quando tiveste visitas ontem e, numa tentativa de mostrares que és uma pessoa alegre e sociável, riste às gargalhadas, histérica, e gritaste em vez de teres usado um tom de conversa normal e civilizado (Oh, aqui está esta palavra outra vez! Não é bonita?) com a tua amiga! Percebo agora, minha querida vizinha, que querias apenas mostrar que podemos rir juntas e falar assim alto quando eu quiser! Aliás, a tua voz estridente é já algo sem o qual não consigo viver! Que grande amiga! É tanta a tua generosidade que não me sinto merecedora da tua amizade!
Talvez não vá aceitar para já essa tua oferta, mas é apenas por uma questão de saúde. Afinal de contas tenho problemas de ouvidos, e uma conversa contigo poderia romper-me os timpanos!

Minha querida vizinha, agora que estou quase no fim desta carta, começo a sentir uma certa nostalgia... sim, já estou a sentir saudades!
Bolas, mudei-me para aqui há dois dias e já não consigo fazer nada sem pensar em ti!
Estou a ver que isto é o principio de uma bela amizade!

Com um grande xicoração me despeço,

a tua vizinha civilizada, discreta, que respeita o espaço dos outros.

P.S. Obrigada por teres deixado a tua roupa interior por aí, onde pudéssemos vê-la! Foi muito generoso da tua parte partilhares connosco algo tão íntimo, uma grande oferta de amizade! Mas agora que já o fizeste, e nós já percebemos a ideia, não precisas de voltar a fazê-lo! Podes arrumar o teu fio dental e dar-lhe o descanso que ele merece, na gaveta, na prateleira, ou noutro qualquer lugar onde guardes as tuas coisas.

P.S.2 Espero que não fiques triste, mas eu ainda penso no nosso antigo vizinho! Não quero de forma alguma que penses que estou a trair-te com ele, nem sequer em pensamento, mas é que ele era um bom vizinho! Nada que se compare contigo, claro, mas era bonzito! Era calmito, não chateava, não ocupava o espaço todo que partilhávamos... mas pronto, ele também é homem, não tem tanta tralha como nós mulheres, não é?

P.S.3 Partilhar! Uma grande palavra! Também não conheces, pois não? Então será algo de que falarei para a próxima carta! Sei que vais adorar!