sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

What Language Should I Learn?




You Should Learn Japanese



You're cutting edge, and you are ready to delve into wacky Japanese culture.

From English to eating contests, you're born to be a crazy gaijin. Saiko!



Não é que não goste de sushi, até gosto, se bem que não seja algo que coma com frequência. Mas também, um bom sushi é sempre tão caro!
Já pensei em fazê-lo em casa. Não seria uma má ideia. Quem sabe, talvez convide algum pessoal para um serão japonês!

A verdade é que sinto realmente falta de aprender uma língua nova. Aquela sensação de entrar num mundo novo, numa cultura diferente, de me poder expressar de outra forma, de conseguir entender outro tipo de pessoas... Hum, tenho mesmo saudades! E se pensar nisso, acho que nunca aprendi uma língua só pelo prazer de a aprender.

Também tenho curiosidade em saber que tipo de aluna seria eu agora, depois deste tempo todo, e como reagiria eu à nova língua...

E confesso que a oportunidade de me meter num projecto que não tenha nada a ver com a minha vida também me alicia. Poder ser raptada da minha vida normal por umas horas, poder esquecer as chatices e todas aquelas coisas que tenho que enfrentar, mas que eu, simplesmente, receio... Sim, o meu lugar Zen... aquele que eu ainda não encontrei!

Talvez ainda não tenha chegado a vez do japonês. Neste momento, inclinar-me-ia mais para o lado da pasta e das pizzas. Aprender a falar a cantar, conhecer a língua dos mafiosos e das pessoas que falam, também, com as mãos!
Mamma mia, que piacere!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

uma tarde na polícia

No domingo tive uma aventura curiosa, ou pelo menos nova!
À hora de almoço recebo um telefonema de uma senhora, que pertencia a uma empresa de tradução (para a qual eu tinha enviado, há 2 anos, o CV), que me pedia que eu fosse à polícia que fica perto de um dos aeroportos aqui de Berlim. Aparentemente, havia alguém em apuros que precisava urgentemente de um intérprete.

Confesso que não estava lá com grande vontade... Era domingo, estava cansada porque tinha trabalhado a manhã toda, ainda por cima estava a nevar a potes (potes talvez não, pronto, cats and dogs? bom, you know what I mean!) e por isso só havia mesmo vontade para ficar em casa a tarde toda, no quentinho, a ver DVDs com a companhia certa, acompanhada de um cappuccino saboroso. Além disso, alemão judicial não é propriamente o meu forte, e foi isso mesmo que disse à senhora. A senhora lá respondeu, sem saber o que fazer, que não era nada de importante, devia ser um assalto, ou coisa assim...
E pronto, o raio da minha consciência começou a picar-me, lá imaginei um desgraçado de um português inocente preso nas garras do sistema judicial alemão por alguma razão idiota, que para além disso não percebia uma palavra de alemão... Lá fui!

Bom, long story short:
O "criminoso" era brasileiro (coisa que eu fiz questão de dizer logo! Há que defender o nosso país!) e estava em posse de um bilhete de identidade português falso! Lindo!
Depois de muita conversa e histórias, ou talvez estórias, porque o que o preso contou devia ser tudo menos realidade... (mas quem sou eu para julgar!) lá se resolveu a questão! O estado alemão é muito benévolo e deu uma oportunidade ao senhor para tratar da situação. Enfim!

Conclusão tirada de uma tarde de domingo passada na esquadra de polícia:
- os polícias são pouco simpáticos em todo o lado (se bem que noutra ocasião em que tive que ir à polícia, cá, apanhei um senhor polícia muito querido!);
- os polícias não sabem trabalhar com computadores! Escrevem muito devagar com o teclado, andam ali às voltas à procura das coisas, e olham para o aparelho que têm à frente como se fosse um bicho;

- o estado alemão é politicamente correcto e tenta sempre resolver a questão de uma forma mais socialmente correcta (vejam lá que até estavam preocupados porque o preso não tinha onde dormir, e até lhe ofereceram a cela, apesar de ele já estar livre, para ele poder dormir);
- vi como as pessoas são estúpidas e pensam que, com uma cara inocente e coitadinha e uma história idiota e inventada, os polícias caem em tudo;
- vi uma cela de prisão pela primeira vez na minha vida;
- e pronto, conheci mais uma realidade!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

crónica sobre uma chegada a Portugal

Lisboa recebeu-me com um friozinho semelhante ao berlinense, mas o seu sol inconfundível abraçou-me com uma ternura e um calor... depressa me senti em casa!
Pouco depois, o calor em si fez-se sentir, e os termómetros depressa me mostraram uns 17 graus, que comparados com os -6 que me acolhiam em Berlim, me pareceram miraculosos, quase impossíveis!
Hum, Portugal dava-me as boas-vindas, a minha Lisboa querida, cidade do meu coração, abria os braços para mim, como uma mãe emocionada, ao ver o filho regressar a casa, depois de um temporal!

Estava emocionada
ao mesmo tempo que sentia algum repúdio pela cena tipicamente portuguesa: aeroporto cheio, desorganização geral, uma espera infernal por uma única mala, uma enchente de gente reclamadora, uns funcionários tudo menos solícitos, trânsito indisciplinado... enfim, uma confusão dos diabos que me agrediu como uma bofetada não prevista.

A culpa é sempre dos outros, "eu bem te disse, tu é que não quiseste ouvir", "eu não posso levantar-me daqui, sou uma mulher muito doente, tenho o pé partido. Puseram-me um ferro cá dentro com 7 parafusos"... mas o que se passa com o português? E porquê esta tendência para partilhar o seu estado clínico com os outros?

Suspiro, suspiro, sorrio, rio-me! Sou sempre tão simpática quando chego a Portugal! Adoro ver-me redescobrir as pessoas, a língua, o ambiente, a comida, tudo o que cá é e em Berlim não é...
Quem me conhece sabe bem que eu não sou uma pessoa simpática. Sou taciturna, tenho um ar sério, sou rabugenta, insuportável!
Mas naqueles primeiros momentos depois de chegar a Portugal torno-me primaveril! Uma Diana temporariamente bem-disposta!


Agora estou no comboio a escrever num lenço-de-papel, com medo de me esquecer desta sensação se adiar mais esta escrita.
De vez em quando paro e repreendo-me a mim própria por não estar a aproveitar a paisagem tão única que a janela me oferece, e este sol tão abençoado!

Durante esta simpatia inicial que me invade encontro-me num dilema... A minha pátria tão querida e tão sua e tão tantas vezes indesejada...
Esta dúvida se amo ou se odeio, esta questão tão estranha, esta sensação que entranha...
Não sei... E no meio desta mistura de sentimentos, hoje, senti-me, de repente, e mais uma vez, mais do que abençoada.
Ao sair do carro, no Parque das Nações, um vento familiar, que reconheci de imediato, invadiu-me os sentidos, com o seu abraço ameno, o seu odor a mar, a rio, a água... hum, encontrei-me finalmente nesta balança de amor e ódio!
Hoje a chegada foi positiva, e Portugal, desta vez, conquistou-me! Que prazer!


23 de Dezembro de 2007

Querido blog:

Bom, nunca é tarde para entrar no novo ano com o meu querido blog!
Feliz Ano Novo!
E para que te sintas ainda mais especial, resolvi mudar a tua roupagem! O que achaste? Não cheira a Primavera?
Beijinhos!