domingo, 29 de abril de 2007

nur für dich...




Das ist nur für dich, mein Schatz!

Am Abend geht die Sonne unter,
der Mond geht auf, ich werde munter.
Und die Nacht ruft laut nach mir.

Dann muss ich los, ich kann nicht schlafen,
wir treffen uns in leeren Strassen,
und die Nacht ist jung wie wir.

Heute ist Vollmond und die Nacht ruft nach mir.
Komm mit mir tanzen, und ich küss Dich dafür.
Heute ist Vollmond, Vollmond.

Der Zauber hält nur eine Nacht lang,
wir tanzen in den Sonnenaufgang,
und wir fliegen auf den Mond.

Heute ist Vollmond und die Nacht ruft nach mir.
Komm mit mir tanzen, und ich küss Dich dafür.
Heute ist Vollmond, Vollmond.

(Vollmond,
Nena)

GMDT

Schöne Reise!

Deine T.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Kafka On The Shore

Fiz uma descoberta há algum tempo. Andava eu por uma livraria aqui em Berlim, à procura de algo para ler que realmente me apaixonasse, que me deixasse a alma plena, que me completasse... Não sei se me estou a fazer entender! Estão a ver AQUELE livro, que no fim vos deixa a desejar que não tivesse acabado, que vos tira todos aqueles bocadinhos de tempo livre que têm, que está sempre convosco enquanto dura? Pronto, era disso que eu estava à procura!
E lá andava eu, sem paciência para ler qualquer coisa em alemão, sem ter o que ler em português, fui à secção de livros em inglês. Alguma coisa havia de encontrar, nem que fosse um daqueles clássicos com o qual eu estou em falta!
De repente, lá estava ele, capa linda, título interessante, autor asiático... Hum, isto pode ser interessante!

Haruki Murakami, meus amigos, é a minha última paixão! E digo-vos, tenho uma pena imensa de não saber japonês! É que isto de ler é muito complicado, e por mais que as traduções estejam bem feitas (o que nem é assim tão frequente), há sempre algo que se perde. E imagino que com o japonês isso aconteça com alguma frequência... Enfim!
Murakami é japonês mas conhece muito bem a cultura ocidental, o que torna os seus livros uma mistura de mundo oriental (com uma cultura e uma mitologia japonesas deliciosas) com mundo ocidental. Digo-vos apenas que lê-lo é como chegar a casa, como sair do cinema depois de ver um filme que nos deixa tranquilos perante tanta beleza, como beber café acompanhado de um pedaço de chocolate preto, ou como ver o meu cão depois de meses de ausência... Imaginem aquelas coisas que vos deixam com uma agradável sensação de existência, de plenitude, e chegam ao que eu quero dizer!

Kafka on the shore foi o meu primeiro livro dele. Adorei aquela mistura de mundo real com mundo fantástico, como se fosse a coisa mais natural do mundo. É disse que eu gosto, quando leio ficção. E é também por isso que eu recorro muitas vezes à literatura sul-americana, por ter aquele lado extraordinário e mágico, tão irreal, e no entanto descrito de forma tão ocasional como se de realidade se tratasse.

Neste momento, e porque gosto mesmo de me rodear de fantasia, estou a ler The Wind-Up Bird Chronicle, do meu querido Murakami, nas minhas visitas frequentes à livraria, e La Casa de los Espíritus, da Allende, que me acompanha em casa, no metro e para onde quer que eu vá!

E vocês, por que mundos andam agora?

Tédio, Portas, Ségolène e "ditadura outra vez!"

Já enfrentaram aqueles dias em que querem escrever algo no vosso blog, mas simplesmente não há nada que vos pareça suficientemente interessante? Leio o jornal todos os dias, mais para saber como vai Portugal do que outra coisa, não vá ele afundar-se e eu aqui sem saber de nada! Mas sinceramente, não há grande coisa!

O Portas está de volta? Óptimo! Pelo menos assim já vamos poder rir de vez em quando com as barbaridades que ele vai dizendo. O outro senhor era um bocadito secante, devo dizer! O Portas foi feito para isto!

A Ségolène Royal não ganhou a primeira volta? Pois, este sim é um acontecimento grave. Espero mesmo que o povo francês se lembre a tempo daquela altura em 1789, da declaração dos direitos humanos e assim, coisa pouca, eu sei, e já foi há tanto tempo, a memória é tão fraca... Façam o que quiserem, sarkozyana é que a França não pode ficar!

Hoje é dia 25 de Abril! Se querem saber, este ano esta data passa-me um pouco ao lado... Depois de saber que sua excelência Salazar é o melhor português de sempre, até acho que não devia ter havido 25 de Abril. Sim, não há gente que acha que estava melhor naquela altura? Então é porque não merecem a Liberdade que lhes foi oferecida! Querem voltar ao passado? Então vamos acabar já com a democracia e instaurar uma ditadura! Eu assim como assim, também não vivo aí! Façam o que vos aprouver!

Esqueci-me de alguma coisa? Ah, é verdade, o processo de licenciatura do nosso primeiro... Não, acho que não tenho nada a comentar quanto a isso. Não há paciência!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Dresden: a viagem!

Chegámos, vimos e... fomos conquistados!


















sexta-feira, 20 de abril de 2007

Dresda!

É com um grande sorriso nos lábios que anuncio aqui que vou abandonar este meu cantinho por dois dias! Umas curtas férias de dois dias em Dresden, em português Dresda, são as culpadas!

Hum, só de pensar que não vou ligar o meu computador durante dois dias inteiros, já me sinto mais feliz! E só levo o telemóvel porque tem mesmo de ser, se não, nem isso!
É que parecendo que não, esta criatura chamada Internet suga-nos a alma, absorve-nos a energia, torna-nos completamente dependentes! Olha-me a gaja, sempre toda santinha, com tanta informação gira, blogs fixes e tudo e depois... quando damos por ela... já estamos cá dentro!
NÃO! Tenho que aprender a dizer NÃO! E sim, minha querida, vou trocar-te por Dresden, sim senhora! Pensavas o quê? E não penses que eu caio nessa de te levar com o PC para o caso de dar jeito, não vá perder-me por lá! Nem pensar! Se me perder, pergunto a alguém! Isso também se usa, sabes? Não é só recorrer a sua excelência de cada vez que queremos uma informação, seja geográfica ou de outro estilo!

Bom, para quem não sabe, e para quem não quer recorrer a esta suga almas, posso já dizer-vos que Dresden é a capital da Saxónia, por aqui chamada Sachsen, e uma das cidades culturais mais importantes da Alemanha, vulgo Deutschland. Ia pôr aqui um link para a Wikipedia, para que aprendessem um pouco mais, mas agora pensando bem... vão à enciclopédia que está na vossa estante, coberta de pó. Sim, aquela que vocês já não usam desde que este monstro virtual vos ocupou a casa, a vida, o coração! Vá, confessem lá, já se tinham esquecido dela!

Bom fim-de-semana!!!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A Invenção do Amor

Um dos meus poemas preferidos. Pelo que significa, pelo tempo em que foi escrito, por todos aqueles que o viveram...

A Invenção do Amor

Em todas as esquinas da cidade
nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas janelas dos autocarros
mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de aparelhos de rádio e detergentes
na vitrine da pequena loja onde não entra ninguém
no átrio da estação de caminhos de ferro que foi o lar da nossa esperança de fuga
um cartaz denuncia o nosso amor

Em letras enormes do tamanho
do medo da solidão da angústia
um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
se encontraram num bar de hotel
numa tarde de chuva
entre zunidos de conversa
e inventaram o amor com caracter de urgência
deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia quotidiana

Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e fome de ternura
e souberam entender-se sem palavras inúteis
Apenas o silêncio A descoberta A estranheza
de um sorriso natural e inesperado

Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo

Um homem e uma mulher um cartaz denuncia
colado em todas as esquinas da cidade
A rádio já falou A TV anuncia
iminente a captura A policia de costumes avisada
procura os dois amantes nos becos e nas avenidas
Onde houver uma flor rubra e essencial
é possível que se escondam tremendo a cada batida na porta fechada para o mundo
É preciso encontrá-los antes que seja tarde
Antes que o exemplo frutifique Antes
que a invenção do amor se processe em cadeia

Há pesadas sanções para os que auxiliarem os fugitivos
Chamem as tropas aquarteladas na província
Convoquem os reservistas os bombeiros os elementos da defesa passiva
Todos decrete-se a lei marcial com todas as consequências
O perigo justifica-o Um homem e uma mulher
conheceram-se amaram-se perderam-se no labirinto da cidade

É indispensável encontrá-los dominá-los convencê-los
antes que seja tarde
e a memória da infância nos jardins escondidos
acorde a tolerância no coração das pessoas

Fechem as escolas Sobretudo
protejam as crianças da contaminação
uma agência comunica que algures ao sul do rio
um menino pediu uma rosa vermelha
e chorou nervosamente porque lha recusaram
Segundo o director da sua escola é um pequeno triste inexplicavelmente dado aos longos silêncios e aos choros sem razão
Aplicado no entanto Respeitador da disciplina
Um caso típico de inadaptação congénita disseram os psicólogos
Ainda bem que se revelou a tempo Vai ser internado
e submetido a um tratamento especial de recuperação
Mas é possível que haja outros É absolutamente vital
que o diagnóstico se faça no período primário da doença
E também que se evite o contágio com o homem e a mulher
de que fala no cartaz colado em todas as esquinas da cidade

Está em jogo o destino da civilização que construímos
o destino das máquinas das bombas de hidrogénio das normas de discriminação racial
o futuro da estrutura industrial de que nos orgulhamos
a verdade incontroversa das declarações políticas

...

É possível que cantem
mas defendam-se de entender a sua voz Alguém que os escutou
deixou cair as armas e mergulhou nas mãos o rosto banhado de lágrimas
E quando foi interrogado em Tribunal de Guerra
respondeu que a voz e as palavras o faziam feliz
lhe lembravam a infância Campos verdes floridos
Água simples correndo A brisa das montanhas
Foi condenado à morte é evidente É preciso evitar um mal maior
Mas caminhou cantando para o muro da execução
foi necessário amordaçá-lo e mesmo desprendia-se dele
um misterioso halo de uma felicidade incorrupta

...

Procurem a mulher o homem que num bar
de hotel se encontraram numa tarde de chuva
Se tanto for preciso estabeleçam barricadas
senhas salvo-condutos horas de recolher
censura prévia à Imprensa tribunais de excepção
Para bem da cidade do país da cultura
é preciso encontrar o casal fugitivo
que inventou o amor com carácter de urgência

Os jornais da manhã publicam a notícia
de que os viram passar de mãos dadas sorrindo
numa rua serena debruada de acácias
Um velho sem família a testemunha diz
ter sentido de súbito uma estranha paz interior
uma voz desprendendo um cheiro a primavera
o doce bafo quente da adolescência longínqua

Daniel Filipe, "A Invenção do amor e outros poemas"

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Am I a Feminist? O que é que vocês acham?


Aqui estou eu com mais um quiz! Isto é como comer chocolate a ver os The Knights of Prosperity ! É viciante e faz-me rir mesmo quando acordo completamente do lado esquerdo. Quem vive comigo é que sabe!

P.S. Vá, D. Paixão, se quiseres já podes comentar!




You Are 100% Feminist



You are a total feminist. This doesn't mean you're a man hater (in fact, you may be a man).

You just think that men and women should be treated equally. It's a simple idea but somehow complicated for the world to put into action.

Hum... ok!



Your Brain is Purple



Of all the brain types, yours is the most idealistic.

You tend to think wild, amazing thoughts. Your dreams and fantasies are intense.

Your thoughts are creative, inventive, and without boundaries.



You tend to spend a lot of time thinking of fictional people and places - or a very different life for yourself.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Bem-vindos!


Não sei se já ouviram falar de um cartaz do PNR que andou por aí. É que o partido em si é tão insignificante, que percebo perfeitamente que ainda não conheçam a polémica. Mas enfim, acho que posso contar-vos, agora que tudo acabou em bem e até tivemos uma surpresa agradável tipo cereja no topo da sobremesa.

Era uma vez um partido muito mau que tinha um líder muito, muito triste. É que o senhor queria ser grande e conhecido, qual Sócrates na sua Cadeira, qual Cavaco no seu Palácio! Ele sonhava com grandes discursos, plateias que aplaudiam e gritavam pela sua presença! Ele sonhava com feitos gloriosos, com um país livre! Livre de estrangeiros, bem se vê, porque isso assim não pode ser. Um país é país para os seus, não para os outros!
E bom, o senhor líder lá andava cabisbaixo, já nem comia, nem dormia, coitado, tanta era a sua tristeza. Numa noite, depois de conseguir uns minutos de sono, teve um sonho brilhante! A imagem dele percorria o país inteiro, uma fotografia sem igual, orgulhosa, gloriosa! Com a imagem vinham umas palavras de coragem: "Basta de Imigração", dizia, "Façam boa viagem"!
Quando acordou, todo suado e surpreso com tão vivida imagem, telefonou logo aos seus colegas e contou-lhes a visão que tivera!
No dia seguinte foi tudo tratado! Até chamou o senhor barbeiro a casa, descrevendo-lhe exactamente o que queria: um look autoritário, pleno de altivez e arrogância. O senhor barbeiro, confuso com tanta palavra desconhecida ("E o que é isso do look? Será um gel de barbear novo?", pensou) lá fez o seu melhor! Não se podia dar ao luxo de perder clientela!
Depois de se olhar ao espelho, o senhor líder sorriu! Estava radiante! Ele sabia que o que estava prestes a fazer era a melhor solução, mas também estava consciente de que exigia coragem! No fundo, ele sabia que todos no país pensavam como ele, mas não tinham a força suficiente para o confessar. Ele, no entanto, pela bravura que mostrava, pela perseverança que sempre tivera, sabia que o futuro do país seria seu, assim que o cartaz fosse posto nas ruas. Imaginava uma grande polémica seguida de uma grande revolução por parte do povo português. Uma grande limpeza seria feita, claro, e depois disso Portugal cairia a seus pés.
E assim foi, e ele viveu feliz para sempre... ou talvez não!

Claro está, porque nem tudo está perdido neste país, que Portugal se levantou quase em peso, com Parlamento e tudo, para deixar bem claro que cartazes destes não têm lugar no nosso país! Que orgulhosa fiquei, se bem que não esperava outra coisa!
Mas o que agora é bem mais delicioso, grande cereja decorativa no topo, foi o cartaz que se seguiu ao primeiro. Ora vejam:


Gato Fedorento no seu melhor, como sempre! Parabéns, rapazes, grande cartaz!

domingo, 1 de abril de 2007

Laivos de Berlim II

Aqui vai mais um pouco do que me rodeia.
Esta primeira imagem, conhecida por ter aparecido no Wings of the Dove, chama-se Siegesäule, a coluna da vitória, e foi construída no séc. XIX para comemorar as vitórias do império. É um dos meus monumentos preferidos. Tem um je ne sais quoi sedutor, misterioso...
A segunda mostra um corredor do muro de Berlim. Apesar de ele já não existir fisicamente, em vários pontos da cidade, ainda há uma marca que nos lembra que ele e tudo o resto não foram simplesmente imaginação nossa.
A terceira é um monumento às vitimas do holocausto. Mais um...