segunda-feira, 7 de julho de 2008

de volta

Às vezes faz bem fazer uma pausa das coisas que nos rodeiam. Infelizmente nem sempre podemos simplesmente desaparecer, ir para outro lado e acabamos por perder a perspectiva das coisas quando vemos sempre a mesma paisagem da nossa janela...
Sinto-me feliz por me ter afastado daqui por uns tempos. Agora já escrevo e penso com outros olhos!

No outro dia pensava na forma como me tornei num animal de hábitos. Demasiado até! É sempre um caminho seguro, aquele que percorremos todos os dias, é confortável até, mas na verdade não é lá grande coisa.
Pensando bem, com tanta surpresa que a vida nos traz, às vezes mais vale viver aleatoriamente, sem hábitos que amoleçam a nossa vontade de sobreviver!

Adoro esta sensação de segurança do dia-a-dia que criei para mim. Mas se pensar bem lá no fundo no que acabei de escrever, poderei constatar que estou a mentir. Sim, o caminho que eu escolhi é mais sólido, tem uma relvinha fofa, não há estranhos indesejados que por ele passem e poças de água nunca foram vistas por estas bandas. Mas, infelizmente (ou felizmente), a vida nunca é aquilo que planeámos e traz sempre consigo elementos exteriores que perturbam o meu querido caminho verdinho e limpo de qualquer impureza. Hum, e na verdade, quem quer viver numa redoma?

Eu não!
Confesso que gostava que certas surpresas desagradáveis não entrassem no meu caminho, mas também há outras que me fazem muito feliz...
Será que eu poderia criar um filtro, uma espécie de purificador de ar, algo que seleccionasse surpresas? Do lado de fora ficariam as pessoas que pensei que conhecia mas não conheço, todos os monstros mascarados, o meu mau-feitio, a minha capacidade de irritação, um céu nublado, uma conta menos recheada, um dia de trabalho que corre mal, más notícias, uma discussão, os amigos que não são amigos. Teria que ser um filtro muito rigoroso, que cuspisse todas as coisas malvadas, mas que abraçasse um bom dia de sol, um postal na caixa do correio, uma refeição simplesmente deliciosa, um sorriso, um abraço, uma Diana mais simpática e menos rezingona...

Ora bolas, ao fim e ao cabo, a vida é a coisa mais simples que existe, não é? Nós, com todos os nossos desejos, esquisitices, cheliques e coisinhas é que complicamos tudo!

1 comentários:

Rachelet disse...

E depois, tudo acaba sempre por se resolver!